Contexto Histórico: Ganja, Clones e Cultura de Tecidos

08-01-2018

Pesquisadores descobriram no século 19 que as plantas de cannabis que não eram polinizadas eram mais potentes e produziam maior concentração de resina e liberavam um maior número de terpenos. Essa técnica de remover as plantas macho da plantação antes que elas pudessem polinizar as fêmeas produziram uma espécie de flor conhecida como Ganja (Sensimilla).

Essa abordagem significava que ao invés de a planta fêmea de cannabis desviar energia e recursos metabólicos para a produção de sementes, a planta não fertilizada continuaria a produzir resina enquanto aguardasse a polinização.

Quando esta técnica foi introduzida na Califórnia na década de 60, ela radicalmente aumentou a qualidade e a estética das flores de cannabis produzidas nos Estados Unidos inteiro.

Essa técnica foi então nomeada de sinsemilla, que significa em espanhol "Sem semente". O livro que realmente fez com que essa técnica fosse difundida no país inteiro foi o livro-fotográfico de Jim Richardson and Arik Woods, intitulado de Sinsemilla: Marijuana Flowers, que foi publicado e distribuído no ano de 1976.

Este livro fornecia as melhores referencias fotográficas das diferentes cultivares que estavam sendo produzidas a partir desta técnica na metade da década de 70 nos Estados Unidos.

As vantagens da utilização desta técnica também vieram acompanhadas de desvantagens, entretanto. Boa parte das plantações de maconha sem semente são produzidas a partir de "clones" e não sementes. O termo "clone" é usado para descrever estacas retiradas da "Planta mãe" no estádio vegetativo. Enquanto esta técnica fornecia plantios mais uniformes, eliminava a chance de ocorrer melhoramento genético. Utilizando essa técnica de "clones" e "plantas mãe" fizeram com que algumas cultivares sobrevivessem por décadas intactas, embora alguns acidentes, interdições e negligencias tenham resultados em perdas de algumas linhagens de clone.

Desde a virada do milênio, técnicas como a de cultura em tecido tem sido usada com sucesso nos Estados Unidos, Israel, Reino Unido e Canadá para propagação das plantas de cannabis. Essa técnica foi experimentada pela primeira vez na china na década de 80, utilizando-se fibras de cânhamo. Essa técnica também pode ser utilizada hoje em dia para criar "sementes artificias" uma descoberta realizada pelo cientista Dr. Hermant Lata da Universidade do Mississippi.

"Os clones de maconha não são de fato clones, mas sim "pedaços" da planta mãe que foram enraizados. Utilizando esta técnica garante que a plantação seja geneticamente idêntica"

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